domingo, 30 de junho de 2013

Inferno: Dan Brown

A palavra “inferno” não é bíblica. Ela apareceu pela primeira vez na Bíblia, em 384 d.C., quando Jerônimo traduz os termos “sheol” palavra hebraica e “hades” palavra grega que é sinônimo de “sepultura” por “infernus”, na famosa Vulgata Latina. Infernus quer dizer apenas “lugar inferior”.

Mas foi o poeta Dante Alighieri (1265-1321) em seu poema “A Divina Comédia” que definiu nossas visões modernas do inferno. A obra é um poema narrativo rigorosamente simétrico e planejado que narra uma odisséia pelo inferno, purgatório e paraíso, descrevendo cada etapa da viagem com detalhes quase visuais. Dante, o personagem da história, é guiado pelo inferno e purgatório pelo poeta Virgílio, e no céu por Beatriz, musa em várias de suas obras.

De acordo com Dan Brown: A igreja católica tem muito a agradecer a Dante... O Inferno redefiniu a percepção medieval da danação. Antes dele, a idéia do mundo inferior nunca havia fascinado as massas de forma tão arrebatadora. Da noite para o dia, a obra de Dante cristalizou esse conceito abstrato de uma visão nítida e aterrorizante – visceral, palpável, inesquecível. Como era de esperar, após a publicação do poema, houve um enorme aumento no número de fiéis da Igreja Católica...

Dan Brown, o autor de O Código Da Vinci, lançou seu novo romance, Inferno, cujo nome e tema são emprestados da obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri.

O novo livro traz uma nova aventura do simbologista de Harvard, Robert Langdon, que também aparece em O Código Da Vinci e outros livros do autor.

A história começa com o professor Langdon acordando em um hospital na Itália sem lembrar como foi parar ali. Seguido por um assassino, ele dá a início a uma jornada por diversas cidades italianas, começando por Florença, para tentar decifrar códigos que fazem referência a passagens da clássica obra de Dante.

Enquanto que nos outros livros Dan Brown faz o leitor mergulhar no mundo das artes e apreciar a narrativa por esses fatores, Inferno mostra seu lado cientifico e social. O problema da superpopulação apresentado no livro faz com que seja impossível não pararmos para refletir sobre a atual situação que o planeta se encontra. O final do livro vai surpreender de forma magnífica o leitor.

Ao contrário de O Código Da Vinci  e Anjos e Demônios, Inferno trás apenas uma crítica a igreja católica. Acho que muitos leitores esperavam ver mais criticas e revelações sobre a religião, mas Brown se conteve e fez um singelo comentário, que talvez vá incomodar os mais conservadores, mas já está na hora de essas pessoas terem a mente mais aberta para as questões anticonceptivas.


Vale à pena ler mais este livro de Dan Brown. Eu já li e recomendo.